Os Homens Que não Amavam as Mulheres

Os homens que não amavam as mulheres é o primeiro volume da trilogia Millenium de Stieg Larsson (1954-2004), escritor sueco, jornalista e ativista politico.
A wikipedia cita que ele morreu logo após entregar os três livros prontos a sua editora e " não viveu para assistir o fenômeno mundial em que sua obra se tornou."

É um livro situado no presente, nosso presente, com celulares, internet, bolsa de valores, ética profissional etc...
O interessante é que a tradução brasileira vem da edição francesa, razão pelo qual o título é diferente da versão em inglês - the girl with the dragon tatoo.

O enredo deve agradar a grande maioria dos leitores ávidos por estórias inteligentes, isso eu não posso negar; começa com um aperitivo de misterio, não mais que duas páginas, então envereda pelo que pareceria uma estória sobre crimes de colarinho branco e eu temi que fosse esse o tema principal, mas logo somos apresentados a novos personagens e a um mistério, esse sim, que permeia as 200 páginas seguintes.
Um mistério de décadas que traz a tona um segredo que deverá ou não ser abafado pelos protagonistas.
Os Protagonistas: Mikael e Lisbeth, duas pessoas radicalmente diferentes às quais nos apegamos página à página, ambos com vidas complicadas, relacionamentos difíceis ou inusitados e no entanto que se encaixam tão bem juntos.
Resolvido o misterio acham que acabou? Não. Aí vem a retribuição pelo escândalo econômico do começo da estória que é o fio condutor para a motivação do personagem principal.
Somos capturados pela trama até o último parágrafo, no meu caso, quando vem o final que eu não queria. E foi realmente no último parágrafo. Que é que os escritores tem contra um final feliz ????
OK, serão três livros, tem que ter algum gancho, mas não poderia deixar esse específico para o começo do próximo livro? Um parágrafo acima e eu teria um final favorável. Fiquei realmente furiosa.
Mas é isso que um bom livro faz, não é? Mexe conosco.
Na sequência vem os títulos: A Menina que Brincava com Fogo e a Rainha dos castelos do Ar (título provisório)


E o que seria de um livro sem um filme para acompanhar? Bem , o filme já foi feito. Na Suécia, em sueco, e eu espero que algum dia chegue aos cinemas do Brasil. Pelas críticas publicadas o filme deve ser inferior ao livro (novidade) mas tem seus defensores ferenhos mesmo entre aqueles que não leram a trilogia. Rumores surgiram no site oficial do autor sobre uma refilmagem americana mas eu espero que não seja verdade. São tão poucas as obras que quebram a supremacia da barreira americana que ver uma obra sueca ser apreciada pelo resto do mundo é refrescante.

Por enquanto, fico com o filminho em minha cabeça que já me proporcionou algumas noites de insônia,ah,eu adoro ler....
mas o trailer pode ser visto, adivinhe onde....


sem entender nada de sueco, eu até que gostei, :)