terça-feira, 9 de março de 2010

Defendendo Avatar


Avatar quebrou todos os recordes de público por onde estreou. Teve uma bilheteria recordista, concorreu a nove Oscars, venceu 3. A maioria adorou, outros nem tanto.

Li criticas terriveis contra Avatar, que chamavam o roteiro de fraco, que ridicularizavam os "bonequinhos", que diziam que era moda passageira. Isso inclusive de fontes de blogs geralmente extremados que ou amam ou odeiam.

Recordei então de uma critica que li sobre O cantor de Jazz (1927). O filme foi um estouro de biheteria que salvou os estudios Warner da falência e trazia uma única inovação: o SOM.
Mesmo os cineastas da época se posicionaram contra essa novidade, Chaplin foi um deles.Eles diziam que o som não deveria ser utilizado para completar a imagem da tela e sim colocado como um... efeito especial, por assim dizer.
Na crítica em questão chamavam o filme de básico, com uma estória simplista : garoto quer ser cantor na broadway contra a vontade do pai e sai de casa.
Bem, foi esse filme "simplista" que deu o primeiro passo no universo do cinema falado.

Filmes desde então abusam das falas para contar estórias, para determinar posições politicas, fazer criticas sociais, fazer graça com sotaques. Usam efeitos sonoros para tiros, explosões, foguetes, naves espaciais, mudanças de humor , cenários, clima e o que o roteiro pedir.


Avatar está ingressando num universo diferente.O do 3D e da captura de movimento. Ainda não se sabe o que será a próxima inovação nesse campo .Uma interação maior com o filme, poder escolher diferentes finais,colocar o espectador na pele do protagonista....
Eu ainda espero o Holodeck de Star Trek-The Next Generation.
Uma sala onde se possa vivenciar uma aventura como se fosse real em todos os sentidos, ver, ouvir , sentir , cheirar, saborear. A evolução do teatro , do cinema e do video game num só entretenimento.
E acho possivel que a tecnologia para isso seja desenvolvida a partir de filmes 3D.
Para tudo há um primeiro passo.

Avatar talvez em um século esteja obsoleto e esquecido e talvez criticos comentem como foi simples sua concepção nos primeiros passos dentro desse Novo Mundo. No tempo Presente, devíamos incentivar e aplaudir toda e qualquer evolução ao invés de buscar detalhes para criticar.

2 comentários:

Caio Coletti disse...

Não dá para não concordar que "Avatar" pode, sim, ser esse primeiro passo. O problema é que o mundo todo sabe que Jim Cameron pode fazer (um pouco) melhor, enquanto cinema é apenas cinema, e nada mais. E é difícil ser tão aberto a novas concepções de cinema mesmo, mesmo porque ir a sala de projeção, cada vez mais, está se tornando um ritual, e não um passatempo. Porque, com Blu-Ray, Home Theater, Tvs HD e filmes para baixar, só vai ao cinema quem gosta daquela experiência.

Na minha humilde opinião, a partir do momento em que cinema, ao menos o da sala escura, deixar de ser uma experiência naturalmente coletiva para se tornar explicitamente individual e particular, perdemos o nosso próprio ponto.

Abraço Bones!

Silvia Freitas disse...

Avatar foi um marco na história dos cinemas, gostem os críticos ou não. Haverá filmes antes de Avatar e depois de Avatar. resultado esse é que todas as grandes produções querem agora entrar em 3D. E quanto ao filme com sensações de cheiro, chuva, vento, já existe o chamado "4D", onde Avatar foi exibido na Coreia nessas condições. Deeve ter sido lindo. Sou fã de Avatar e espero muita coisa boa vindo depois disso.

BONES-CINEMA-TV
>