quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Invictus - 2009



A vida é feita de pequenas vitorias.
E se há um diretor de cinema que sabe como mostrar essa filosofia, esse diretor é Clint Eastwood.
Não duvido que se ele entrasse num estúdio e pedisse 500 milhões para mostrar a vida de Nelson Mandela ao estilo de Gandhi ele conseguiria quem o financiasse.Mas falamos de Clint não é?
Embora a vitória de Nelson Mandela tenha sido imensamente maior, sobre os anos, o cativeiro, os inimigos, a politica, quiçá , o mundo. Clint Eastwood
nos mostrou num filme como sua tenacidade ajudou a seleção nacional a vencer a copa do mundo de rugby.
Sim, e eu diria que dá até para começar a gostar do tal esporte.

Meus colegas de blog farão suas resenhas sob diferentes perspectivas.
Haverá quem fale sobre as atuações dos atores e suas conexões cinematográficas, o porque de uma cena ou outra, e haverá quem disserte sobre o livro que originou o roteiro e as implicações políticas da história ou do momento, afinal a África do Sul sediará a Copa do mundo de futebol este ano.
Mas eu como simplifico tudo vi somente uma mensagem nesse filme:
Gente é tudo igual, só muda a localização geográfica.

Há algumas semanas eu escrevia no Orkut que the Blind Side não era só um filme sobre football, pois Invictus É um filme sobre rugby.
E tanto é sobre o esporte que há uma cena mostrando uma eternidade de um jogo e , pasmem, a gente até entende, tal a forma como somos conduzidos a entender a paixão pelo esporte.
Clint sabe como contar uma estória e, desta vez, nenhum personagem morreu.

o poema abaixo ,segundo o filme, foi uma inspiração para Mandela quando em cativeiro que ele transcreve para entregar ao capitão da seleção como forma de incentivo.

Invictus
por william Ernest Henley


Out of the night that covers me,
black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever Gods may be,
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced on cried aloud
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade
and yet the menace of years
Finds, and shall find, unafraid

It matters not how strait the gate
How charged with punishments in the scroll
I am the master of my fate
I am the captain of my soul

TRADUÇÃO:

Afora a noite que me cobre
Negra como as Profundezas, de um pólo ao outro,
Agradeço a qualquer Deus que exista,
pela minha alma invencível.

Nas garras ferozes das circunstâncias
Não me encolhi, nem fiz alarde do meu pranto.
Golpeado pelo acaso,
Minha cabeça sangra, mas não se curva.

Longe deste lugar de ira e pranto
Só assoma o Horror das trevas,
Ainda assim, a ameaça dos anos
Me encontra, e me encontrará sempre, destemido.

Não importa quão estreita seja a porta,
Quão profusa em punições seja a lista,
Sou o mestre do meu destino.
Sou o capitão da minha alma.


Um comentário:

Caio Coletti disse...

Uau. O poema é lindo, lindo mesmo.

Mas, vamos ao filme. OK, admito que tendo a ter preconceitos contra filmes do Clint Eastwood. Mas explico. É que "A Conquista da Honra" foi tão surpreendentemente inóquo, tão irritantemente acadêmico e maçante, que fiquei com trauma. Meu preconceito quebrou um pouco com o filme brilhante que foi "A Troca" e a fábula válida (e nada além disso) que foi "Gran Torino".

De qualquer forma, vale ver "Invictus" tanto em respeito a história ampla de Mandela quanto pela presença de Morgan Freeman e Matt Damon, dois, cada um ao seu modo, atores sensacionais. Tem um outro filme sobre o grande líder sul-africano, diga-se de passagem, da época da prisão. Se não me engano o Joseph Fiennes faz o carcereiro dele. Não me recordo quem interpreta o papel principal. Parece ser um bom filme também.

Abraço, Bones! :D

BONES-CINEMA-TV
>